| 4 dez 2018
O jornalista Leonardo Steffano escreveu crítica emocionada sobre o concerto realizado no dia 29 de novembro, no qual tocamos "Veni, veni, Emmanuel", de James MacMillan, na companhia da primeira percussionista solista do mundo, a escocesa Evelyn Glennie. Leia crítica na íntegra.
O jornalista Leonardo Steffano escreveu crítica emocionada sobre o concerto realizado no dia 29 de novembro, no qual tocamos “Veni, veni, Emmanuel”, de James MacMillan, na companhia da primeira percussionista solista do mundo, a escocesa Evelyn Glennie. Glennie tem deficiência auditiva profunda, mas o fato não a impediu de se tornar uma das maiores percussionistas da história da música, tendo acumulado uma série de reconhecimentos por sua carreira estelar. Tocar a peça de MacMillan, composta para a solista, foi emocionante para nós. Tal emoção transbordou também para o público, como conta Steffano no texto que escreveu após assistir ao concerto:
“Só me lembro de ver a plateia da Sala Minas Gerais tão ansiosa antes de um concerto quando Nélson Freire lá pisou pela primeira vez, há alguns anos. “Ela toca descalça ou com sapatilha para sentir as vibrações”, ouvi de um rapaz. “Como pode? É um milagre!”, exclamou uma senhora. “Ela tem que ficar de olho no regente, absolutamente concentrada, senão...”, explicou um conhecido estudante de música.
Ao 3º sinal, o burburinho deu lugar àquele sacro silêncio que precede a beleza, vencido com um golpe avassalador de gongo pela mítica percussionista escocesa Evelyn Glennie. Primeira solista de seu instrumento a criar e manter uma sólida carreira, Glennie, o maestro Fabio Mechetti e sua Filarmônica de Minas Gerais preencheram o espaço de cores com Veni, Veni Emmanuel, para percussão e orquestra, do britânico James MacMillan (1959). A obra de 1992 foi dedicada à própria solista e exige um aparato de instrumentos que inclui marimba, vibrafone, diversos tambores, blocos de madeira, pratos, sinos e companhia.”