Veloce 3 (2025)

José Soares, regente
Clémence Boinot, harpa

SIBELIUS
BOIELDIEU
DVORÁK
Finlândia, op. 26
Concerto para harpa em Dó maior
Sinfonia nº 8 em Sol maior, op. 88

José Soares, regente

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (2021), recebendo também o prêmio do público. Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo, iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou com o maestro Claudio Cruz e teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin. Foi orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Pelo Prêmio de Regência recebido no festival, atuou como regente assistente da Osesp na temporada 2018. José Soares foi aluno do Laboratório de Regência da Filarmônica e convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Dirigiu a Osesp, a New Japan Philharmonic, Sinfônica de Hiroshima e Filarmônica de Nagoya, no Japão. Em 2024, conduziu a Orquestra de Câmara de Curitiba, a Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, retornou à Osesp e à Sinfônica Jovem de São Paulo, e tem concertos agendados com a Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro e a Sinfônica do Paraná, junto ao Balé do Teatro Guaíra.

Clémence Boinot apaixonou-se pela harpa aos cinco anos e iniciou os estudos do instrumento sob orientação de Isabelle Lagors em sua cidade natal, Cergy-Pontoise, na França. Aos vinte anos, ingressou na Haute École de Musique de Genebra e, orientada por Florence Sitruk, concluiu o bacharelado em 2013. Possui mestrado em Pedagogia e em Performance Solo. Paralelamente aos estudos, realizou música de câmara e foi membro-fundadora do grupo Ensemble Caravelle, premiado na categoria Music and Stage Art pelas Universidades de Alta Especialização do Oeste da Suíça. Clémence apresentou-se em muitas salas de concerto, desde novos espaços, como Sala Santa Cecilia em Roma, Opera di Firenze, Philharmonie de Paris e Sala Minas Gerais; salas tradicionais como Theatro Municipal do Rio, Victoria Hall de Genebra e Abadia de Romainmôtier; e em espaços atípicos transformados, como um estábulo, uma usina e um abrigo antiaéreo. Ingressou na Filarmônica em 2017, como Harpista Principal. Em 2020, teve a possibilidade de retomar suas atividades como professora, parte fundamental da sua prática musical, participando da Academia Virtual Filarmônica, e, em 2021, como mentora da Academia Filarmônica.

Programa de Concerto

Finlândia, op. 26 | SIBELIUS

Composto em 1899, o poema sinfônico Finlândia parece ter apenas um único propósito: entoar um hino de amor à terra finlandesa. Embora seja invenção original do compositor, não deixa de apresentar traços do folclore nórdico. Talvez daí o fato de ele ter se tornado uma das melodias mais representativas da cultura musical da Finlândia, concorrendo, entre seus patrícios, com o próprio hino nacional. Estreada em 1900, em Helsinque, pela Sociedade Filarmônica daquela cidade, sob a regência de Robert Kajanus, em um país ainda sob domínio russo, a peça teve que adotar diversos codinomes para que pudesse ser executada sem o veto da censura. É uma das obras mais importantes de Jean Sibelius, símbolo de seu nacionalismo.

Na década de 1880, Antonín Dvorák se tornava conhecido em toda a Europa. Em meados do ano de 1889, o maestro Vasily Safonov, diretor do Conservatório de Moscou, convidou-o para reger obras suas na Rússia. Seria a primeira ida de Dvorák à terra de Tchaikovsky, compositor que ele tivera a oportunidade de conhecer em Praga, quando o russo apresentou sua Quinta Sinfonia. Naquela vez, em que Tchaikovsky conduziu também a ópera Eugene Onegin, o colorido e a originalidade da música de Tchaikovsky deixaram forte impressão em Dvorák. Ele tinha agora a oportunidade de apresentar sua música ao público russo, um público já bastante habituado à música de Tchaikovsky. Pensando em quais obras suas seriam mais interessantes para essa estreia na Rússia, Dvorák pretendeu compor uma nova sinfonia especialmente para a ocasião. Criou então a Sinfonia em Sol maior que, no entanto, desistiu de apresentar em Moscou naquela temporada, optando por outras obras. A Oitava Sinfonia foi então estreada com muito sucesso em Praga, sob a regência do autor, em fevereiro de 1890. A Sinfonia nº 8, em quatro movimentos, foi inspirada nas fontes da tradição popular boêmia, na esteira do nacionalismo dominante na segunda metade do século XIX, de que Dvorák é um dos mais importantes representantes.

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